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terça-feira, 12 de maio de 2009


A marcha da maconha aconteceu, e é muito cool dizer que cada um deve ser livre pra fazer o que quiser, usar o que quiser, e que maconha é droga do mesmo jeito que o álcool e cigarros. Mas qual seria o resultado imediato dessa liberação?
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Claro, tudo depende do bom senso de cada um, e tem um ditado que diz: "Individualmente somos inteligentes, mas o povo é burro", ao menos eu sempre digo isso. Como assim? Bem, eu tenho bom senso, bebo pouco e raramente, e sei que fumar só é bonito nos filmes(já que meus pais fumaram a vida toda, pararam a poucos anos), você que está lendo também deve ter bom senso, mas como massa, como POVO, temos o chamado "comportamento de manada". Então imaginem agora, exatamente agora, o liberamento da maconha, e que logo de manhã quando você fosse na padaria já tivesse um saquinho de maconha pra vender, talvez você não comprasse, provavelmente nem eu, mas quando varias pessoas resolvessem comprar, iniciaria-se o comportamento de manada, e uma grande parte da população iria comprar, pra ao menos saber "qualé". Do mesmo jeito que aumentou a venda de antigripantes agora com a gripe A(h1n1)(a.k.a. gripe suína xD).
Mas claro, tudo é questão de bom senso, o nosso ministro do meio ambiente(em uma foto logo acima) provavelmente deve usar, porque ele é ambientalista e tá nessa vibe, do contrário não sairia nessa marcha, e o Keith Richards, bem é difícil dizer o que ele NÃO usou, mesmo assim você não vê nenhum deles dando vexame, ao contrário da nossa queridinha Amy Winehouse, que não sabe seus limites e só tá se recuperando agora, aos trancos e barrancos e depois de virar piada mundial.
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Fazendo um balanço geral entre prós e contras posso resumir assim:
PRÓS:

  1. Tira o controle dessa substancia da mão dos criminosos;
  2. Arrecada-se imposto;
  3. Além de liberar o uso medicinal, que pelo que se fala pode ser útil em vários tratamentos, principalmente o de pessoas com data para morrer e que querem diminuir sintomas.
CONTRAS:
  1. A moconha é a droga que inicia o viciado, enquanto os ricos migram para a cocaína ou drogas sintéticas, o brasileiro pobre agora(com a popularização do mesmo) migra pro crack, e dessa só migra pro caixão;
  2. Do mesmo jeito que o álcool e os cigarros chegam na mão dos menores de idade, obviamente a maconha também vai chegar;
  3. O dinheiro arrecadado pelo governo pelo uso da maconha vai acabar virando prejuízo com os problemas que a saúde pública vai acabar enfrentando.
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Se você é contra ou a favor, o problema é seu, e só o tempo diria se os resultados seriam magníficos e catastróficos. Mas eu gosto de lembrar que não somos europeus pra dar tão certo como deu em Amsterdã...
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E é isso ai galera
T+

Posted by Postado por Ricardo Longen às 5/12/2009 09:11:00 PM
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7 comentários:

Rickhardr disse...

mandou bem ai, só q saude publica, certamente menos gastos do q com os fumantes de cigarro, e nao duvido que mta gente largaria o cigarro se legalizassem a maconha, e enquanto ela ser a ponte para outras drogas, isso é mito, fumo maconha ha anos e nunca usei crack, experimentei pó claro, mas nunca me tornei usuário, se vicia quem quer, nao é um baseado, uma das drogas mais seguras do mundo, lembrando-nos que nao ha sequer uma morte registrada devido a maconha no mundo todo. bom, é isso ai, vlw =]

Ricardo Longen disse...

ah eu sabia que teria um usuario!
Mas como eu disse neh, a questão é bom senso, você nunca passou pras outras drogas, mas aqueles que buscam por um "barato" cada vez mais forte uma hora vão largar o baseado e vão passar pra drogas mais "letais", por assim dizer. Sem citar exemplos, mais eu conheço ambos os casos, casos de quem permaneçe na maconha até hoje, ou até que parou pq perdeu a graça, quanto aqueles que passaram para o pó e não saíram mais.
a palavra chave é o bom senso!

Anônimo disse...

Acho que o Brasil ainda não tem estrutura para a legalização. Mas deveria abrir mão do falso moralismo e descriminalizar a maconha. É um absurdo ter a ficha suja quando está portando apenas um cigarro de maconha, ou pior: apanhar de PM. Mas como você disse. É tudo questão de bom senso. A maconha não é porta de entrada para outras drogas. Pessoas são porta de entrada para outras drogas (amigos, parentes...). Isso eu posso afirmar com certeza pois já tive problemas com isso. Mas cabe ao usuário o bom senso. Assim como cabe a quem bebe o bom senso, como cabe a quem usa calmante o bom senso. Tudo da qual é sabido que prejudica a saúde deve ser usado ponderadamente para ser usufruido por mais tempo.

Ricardo Longen disse...

Uma boa repercução nesse blog ein xD
Também não acho que temos estrutura pra liberar as drogas, e bem, devo admitir que eu temo os resultados que essa liberação poderia trazer. Ex:furtos, assaltos, etc.

Luisa disse...

Pois é, ricardo, como seu próprio blog já mostra, através do nome "monólogo", nenhum comentário postado despertará uma ponta de questionamento em sua posição frente a liberação da maconha.
Mesmo assim, me atrevo a expressar minha opinião – você não vai poder me prender por isso, vai?
Quando eu penso em descriminalização da maconha, concordo em gênero, número e grau com o que o anonimo disse aí em cima: é hipocrisia fechar os olhos para o que está acontecendo e prender desnecessariamente usuários que portam maconha para - como o nome já diz - uso próprio. Porque, não se engane não, "a humanidade fuma muita maconha". Fechar os olhos para isso é atitude de quem realmente não olha da janela para fora. Um alerta para você: as drogas ditas "pesadas" como o crack, cocaína, mesclado e etc, não vão chegar às crianças. Já chegaram. Há muito tempo.
Mas não tem ninguém discutindo os efeitos sociais dessas drogas. Estamos falando da descriminalização e liberação de uma droga que, diga-se de passagem, já é prescrita informalmente por médicos de todo o mundo e usada para os mais diversos fins.
Particularmente, fico muito mais apreensiva quando saio para uma festa onde a quantidade de pessoas que estão bebendo é grande, pois invariavelmente a coisa termina em brigas ou em alguém passando mal. Brigo de cara com quem é fumante de cigarros normais. Não fazem bem à ninguém. Mas nunca vi uma pessoa consumir maconha e querer arranjar confusão. Não, meu caro, isto é distorção e omissão pura dos meios de comunicação. Ingênuos os que não se questionam sobre os fatos.
Além do que, ainda, muitos usuários defendem que "fumar qualquer substância faz mal à saúde" e preferem utilizar a maconha no preparo de alguns lanches como bolo, brigadeiro, etc.
Dessa forma, poderíamos desvincular a maconha das drogas pesadas, já que você supôs (e mais uma vez concordo com o comentário postado acima) que a cannabis seria porta de entrada para outras drogas.
Falando em descriminalização, estamos falando em conhecimento, estudo, regulamentação, prevenção e, assim, qualidade de vida para mais pessoas.
Uma coisa é certa: o Brasil não é a Europa. Mas se pararmos para refletir só um pouco, chega-se a uma conclusão lógica: um país é feito do seu povo.
O retrato social e econômico de um país é o retrato social e econômico dos hábitos do seu povo. Então, são pessoas como eu e você, que tivemos acesso à educação e continuamos tendo acesso aos mais privilegiados espaços de conhecimento, que reproduzimos o Brasil como ele é. Então não, não podemos nos comparar com a Europa. E nem poderíamos. A história deles e a nossa foi completamente diferente. E o fato de ter histórias diferentes implica que não alcançaremos os resultados desejados na mesma ordem cronológica - se queremos ser iguais à Europa. Sequer determina que chegaremos aos mesmos resultados. Eu acredito que essa comparação com Amsterdã é "chover no molhado", dadas as explicações que dei. Levanto a bandeira por um caminho próprio, cunhado por nós, brasileiros, cientes de que não somos iguais aos europeus e que, portanto, não chegaremos aos mesmos lugares. No entanto, é em nossa vida diária que se reproduzem os espaço de discriminação social, econômica, racial...

Luisa disse...

Só para finalizar: sobre a caixa em branco para quem escreve um comentário acerca do que você escreve, está a frase: "o anonimato não esconde seus pensamentos mesquinhos". Gostaria apenas de refletir, e que você retivesse um pouco do seu tempo para refletir também, pois vi de cara um retrato da reprodução da discriminação de que estava falando: quando você fala para o comentarista escrever com responsabilidade, já está indicando que o que ele tem para falar pode ser uma besteira. Esse é o primeiro momento em que você se coloca superior a quem quer que seja que visite seu blog. Vamos combinar: prepotência 1. Quando você fala de que o anonimato não esconde os nossos pensamentos mesquinhos, você, em uma cajadada, chama-nos de covardes caso não mostremos nossa real identidade (apesar de 1- podermos forjar nossa identidade através de nomes falsos e 2- essa pode ser apenas uma artimanha de proteção sua, pois você está exposto, porque não nos expomos também?) - Prepotência 2. E diz ainda que nossos pensamentos são mesquinhos, antes mesmo de saber o que estamos pensando. Prepotência 3, mas que vale por muitas.
É exatamente isso que acontece com muitos dos que criminalizam e discriminam os usuários de maconha - não só os usuários de maconha, mas os grupos excluídos: gays, nordestinos, negros ainda, por muito tempo e ainda as mulheres, etc) - antes mesmo de conhecer sobre o que se passa em seu mundo, em sua cabeça, em seus pensamentos, já nos supomos maiores, melhores e julgamos que seus comportamentos e escolhas são errados e inadequados, por motivos “racionais” que reproduzimos a partir de uma educação igualmente preconceituosa.
Acredito que o Brasil não esteja pronto para a descriminalização da maconha e, muito menos, para sua legalização. E estamos perdendo a guerra contra a violência levada pelo tráfico. Parêntesis: você sabia que o tráfico é contra a legalização?
Não, acredito que não estamos prontos, mas não por conta da maconha em si, mas pela atitude de muitos brasileiros frente aos "marginais*" defensores do uso da maconha.
*Marginais enquanto pessoas que não compartilham da opinião neo-burguesa que rege os meios de comunicação e reprodução de saber no Brasil.
Querendo entrar em contato, luvxvs@yahoo.com.br

Ricardo Longen disse...

sim, são monólogos pq eu falo e os outros refletem, e suas opiniões podem vir para os comentários. Bem, não vou entrar em detalhes sobre sua opinião pq o que eu fiz foi iniciar um debate, e consegui, minha opinião não deve ser soberana.
Agora quanto a prepotencia, você interpreta errado o que eu quiz dizer com "Comente com responsabilidade, lembre-se que o anonimato não esconde seus pensamentos mesquinhos.", não quiz dizer nada sobre a opinião, mas sim porque muitas vezes pessoas começam a usar os comentarios de blogs e sites de forma erronea, para fazer chingamentos ou expressar opiniões racistas e etc. Não se restringe somente a esse post. Eu ainda pretendo falar sobre discriminação, tanto racial quanto social, e aposto que talvez apareçam discriminações anonimas.
Prepotente é você, pois vc aparece monologando mais do que eu, e tentando parecer mais dono da razão.

 
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